Meu filho fala errado! E agora? - Por Rafaela Ev
Olá, mamães!
É com muita honra que faço a minha
primeira postagem no blog da Pâmela. Somos amigas de infância, por isso, fiquei
ainda mais feliz com o convite. Hoje, escolhi falar sobre um assunto que as
mães me questionam bastante: As trocas de sons na fala das crianças.
O desenvolvimento da fala é uma das
realizações mais importantes da primeira infância. Em questão de meses as
crianças passam de um vocabulário reduzido para um vocabulário amplo, que segue
aumentando todos os dias.
Mesmo
que a linguagem verbal seja a mais complexa, é importante ressaltar que ela não
é a única forma de comunicação. Podemos nos comunicar com outra pessoa e
compartilhar os nossos pensamentos/emoções através de gestos (linguagem gestual),
através do corpo (linguagem corporal) ou até mesmo através de diversos códigos.
Sendo assim, podemos considerar a linguagem como um processo simbólico
da comunicação e a fala como um instrumento de expressão da linguagem.
“Quando
a criança começa a falar?” - Essa é uma das dúvidas mais frequentes
que as mães apresentam. Na maioria das vezes, a idade média com que as crianças
começam a falar é com 1 ano e meio de idade. Algumas mães comparam uma criança
com a outra, mas precisamos entender que cada criança apresenta um ritmo.
Existem
crianças que são mais apressadas e começam a emitir as primeiras palavras por
volta de 1 ano, já outras, podem precisar de mais tempo e iniciam por volta dos
2 anos. Portanto, entre 1 e 2 anos de idade espera-se que as crianças comecem
suas primeiras palavras, mesmo que produzidas de forma incorreta. Por volta dos
2 anos a maioria das crianças já possui um bom vocabulário, conseguindo nesta
idade, ou até um pouco antes, produzir frases simples e relatar
fatos/histórias. Se chegar aos 2 anos e a criança ainda não estiver falando, ou
se a mãe estiver apresentando dúvidas sobre o desenvolvimento, deve procurar um
profissional.
As trocas
de sons na fala, conhecida na
fonoaudiologia como desvio fonológico, fazem parte do processo de
aquisição da fala e são esperadas até por volta dos 4 anos e meio de idade,
quando a criança já está apta para produzir todos os sons, inclusive os mais
complexos como os encontros consonantais (preto, branco,
cravo, entre outros). Se após esse período a criança ainda
apresentar trocas na fala, é necessária uma avaliação fonoaudiológica. Ressalta-se que as mães não esperem muito
tempo para procurar ajuda, pois quando a criança iniciar a aprendizagem da
escrita, certamente irá escrever da mesma forma que fala. Visto isso, é
importante que a criança já esteja falando corretamente.
O desvio fonológico caracteriza-se por
alterações sem uma causa orgânica. Ou seja, mesmo que a criança tenha uma
integridade neurológica e das estruturas envolvidas na fala, existe uma
dificuldade para a pronúncia de alguns sons. Na maioria das vezes, são estes
problemas que levam as crianças ao tratamento fonoaudiológico. Como os sons são
aprendidos progressivamente, para afirmar que uma criança apresenta
problemas precisamos verificar se sua dificuldade é ou não esperada para sua
faixa etária.
Observa-se
que o ambiente familiar pode influenciar em alguns problemas de fala.
Por exemplo, algumas mães falam com a criança como se ela fosse um bebê, então,
certamente esta criança irá se comportar como um bebê. Por isso, se falarmos
com a criança pronunciando as palavras de forma incorreta e infantilizada –
“Filho, quer um pilulito?” (pirulito)
ou “Filho, gosta de lalanja?”
(laranja) - ao invés de darmos bons exemplos, o modelo que a criança estará
recebendo será negativo e é ele que será tomado como referência. Por outro
lado, vemos aquelas mães que corrigem seus filhos o tempo, podendo estar
exigindo demais, acima das possibilidades da criança, ou seja, não estar
aceitando o que é normal para a idade dela. Temos que ter cuidado com estas exigências, porque a criança pode se
sentir insegura em relação à sua fala. Quando isso se torna
motivo de preocupação, as mães devem ser orientadas, porque essa ansiedade da
mãe pode passar para a criança, fazendo assim, com que ela crie uma imagem
negativa de si mesma ao perceber que deveria estar fazendo alguma coisa que
ainda não consegue. Isso pode, inclusive, dificultar
ainda mais o processo de aprendizagem dos sons.
Importante! Quando uma criança apresenta dificuldades para ouvir,
provavelmente terá problemas para aprender a falar. A perda auditiva pode ser
caracterizada em vários graus, mas na perda auditiva leve já existe dificuldade para escutar alguns sons.
Conforme o grau da perda evolui, pode-se chegar a um estágio no qual só ouve
sons de intensidade muito elevada. O ideal é detectar o problema logo no
início, para não comprometer a comunicação. Por isso o teste da orelhinha deve ser realizado logo quando o bebê nasce, ou
então, para as crianças que nunca fizeram, indica-se a realização de um exame o
quanto antes.
Independente
da situação, as crianças devem ser
incentivadas a falar, mas de uma forma saudável, sem pressão. Elas podem ser corrigidas indiretamente,
sem a necessidade da mãe falar que está errado e ficar treinando as palavras
com ela. Por exemplo, se a criança falar: “O pato está cheio de feizão”,
a mãe pode corrigir sem que a criança perceba. Como? Pode responder apenas:
“Sim, o prato está cheio de feijão”. Assim, a mãe mostra que
compreendeu o que a criança disse e, ao mesmo tempo, corrige naturalmente dando
o modelo correto, evitando que a criança fique frustrada ou que pare de falar
devido ao medo de errar e ser corrigida.
O meu
objetivo foi orientar todas vocês em relação ao desenvolvimento da fala de seus
filhos, oferecendo a oportunidade de estimular a linguagem deles e,
também, fazer com que vocês possam perceber as dificuldades destas crianças
para procurar o quanto antes a avaliação de um profissional ao
observarem um problema nesse desenvolvimento.
Até a
próxima!
Com
carinho...
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